quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Amores virtuais!

Nesta geração é comum termos muitos "amigos" mesmo sem nunca termos conhecido pessoalmente. Os chamados amigos virtuais, eu mesma conheço muitas pessoas pela net que nunca encontrei e algumas que provavelmente nunca irei encontrar. Participo de uma comunidade de pais de crianças com a síndrome do meu filhote e trocamos muitas informações, experiências, dores e esperanças. Estes sentimentos em comum nos deixam muito próximos um do outro, mesmo a distância, e isto é muito rico. Mas o que falar de relacionamentos íntimos sem contato? Ouço muito em casa, com minha filha e seus amigos, falando de amigos e até de namorados virtuais. Até mesmo no consultório tenho exemplos de pessoas que se relacionam virtualmente e nunca se encontraram e se denominam namorados. É possível uma relação íntima sem contato? Apenas pelo vídeo? Quais os riscos de um relacionamento deste?

Este tema é muito complexo, assim como o Ser Humano, pois para algumas pessoas é mais facil o relacionamento pela net do que o encontro real, porém tem que se tomar muito cuidado, para não estar estimulando em nossos jovens este tipo de conduta, apenas virtual, o contato com o outro é fundamental para o crescimento humano.

O relacionamento virtual pode ser muito prazeroso, temos oportunidades de conhecer pessoas do mundo todo, com culturas diferentes, esta diversidade é grandiosa. Porém em um relacionamento amoroso, o contato físico é fundamental. É importante o toque, o cheiro do outro. E temos visto, uma quantidade muito maior de pessoas, substituindo o contato com o outro pelo relacionamento virtual, inclusive, se relacionando sexualmente de forma virtual, não apenas como curiosidade, ou até mesmo para apimentar uma relação, mas, constantemente, fazendo sexo virtual. Não sou contra este tipo de relacionamento, até porque temos visto muitos casos de casais que começaram na net e atualmente estão casados e felizes. Eu só acho muito complicado e perigoso quando pessoas, principalmente jovens, substituem o contato físico pelo virtual, por fatores como insegurança, medo de rejeição, baixo estima. Desta forma estes limites pessoais do indivíduo estarão sendo cada vez mais estimulados ao invés de serem trabalhados e administrados de uma forma com que a pessoa consiga superá-los, para ter uma vida mais saudável. 

Além deste fator emocional que não pode ser estimulado com o relacionamento virtual, tem um perigo real de se relacionar com pessoas que supomos que são quem dizem ser, mas como ter certeza? Tenho dois casos interessantes para contar. Um é de uma adolescente que se relaciona com um rapaz que diz ter a idade dela e que diz morar em outro Estado. Nunca apareceu na web e só se mostra através de fotos. Este "relacionamento" ja dura mais de 1 ano, e a menina está totalmente envolvida com esta pessoa. Agora como garantir que ele é ele, que tem mesmo a idade que diz ter, que é o dono das fotos que ele posta? Infelizmente vivemos em uma sociedade muito insegura e vemos casos de violência constantemente que iniciaram através da internet. Muito cuidado galerinha! O outro caso que eu tenho é sobre uma pessoa mais velha de aproximadamente uns 60 anos, que começou de brincadeira a se relacionar com um rapaz de 21 anos do outro lado do mundo literalmente. Ele é brasileiro, mas está morando há bastante tempo no Japão. Esta mulher disse que tinha 18 anos, postava fotos de uma moça bem bonita e começou um namoro virtual com o rapaz. Neste caso ele aparecia na web, e ela obviamente, não. Acontece que nesta brincadeira (para ela) o rapaz se apaixonou por ela. Um certo dia ele comunicou à ela que havia comprado uma passagem para o Brasil e estaria viajando na semana seguinte para conhecê-la. Ela que também estava envolvida com ele, porém tinha consciência que era tudo uma mentira, pois ela inclusive era casada, teve que contar toda a verdade para ele. Agora quais as consequências que poderiam ter ocorrido nesta "brincadeira"? Não sei nada deste rapaz, mas será que ele tinha estrutura psicológica para aguentar esta frustração, esta rejeição? Infelizmente casos como este são mais comuns do que a gente imagina, e inclusive o suicídio pode ser uma trágica consequência deste tipo de atitude.

Então pessoal, a internet é maravilhosa, une ideais, culturas, conhecimentos diversos e até amores, mas nunca vamos nos esquecer do contato físico com o outro. O toque, o cheiro, o carinho, o beijo e o sexo com o outro, não podem e não devem ser substituídos pelas teclas e pelo monitor do computador.

Se alguém tiver alguma estória interessante pode nos contar e ficar no anonimato se quiser. Um grande beijo a todos e até a próxima.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Caso Eloá: O que leva jovens a tomar atitudes como esta?

Chegamos ao fim do julgamento de Lindemberg Alves, assassino da jovem Eloá Pimentel. 

Este caso é mais uma tragédia de tantas que temos visto e infelizmente, nos acostumado nos últimos tempos. O jovem Lindenberg tem hoje 25 anos e Eloá teria 18anos. A sentença foi dada, 98 anos de prisão, porém sabemos que a pena máxima aqui no Brasil é de 30 anos. 

Segundo a mídia, Lindenberg não estava aceitando o término do namoro com Eloá, relacionamento que durou mais de 2 anos. De uma certa forma ele também acabou com sua própria vida. Mesmo tendo a liberdade antes dos 30 anos de condenação, o que ainda pode acontecer em nosso País, aff, ele nunca mais terá uma vida plena. Seu corpo físico e sua alma estarão manchados para sempre. Se pensarmos que ele não é um psicopata e que ele agiu de forma impensável, pelo cansaço, pelo medo, pela rejeição e pelo amor/ódio pela ex namorada, com certeza nunca mais ele terá paz em sua vida, a culpa o aterrorizará para sempre.  

Porém o que eu queria destacar aqui é o seguinte. O que leva pessoas tão jovens, tão saudáveis (fisicamente, é claro)a tomarem atitudes como esta? A vida desta moça é mais uma que se foi, por causa de um grande desajuste emocional. Por que as pessoas têm tantos desequilíbrios emocionais e nada fazem para melhorar? Puxando a sardinha pro meu lado da psicologia, é claro, por que a psicoterapia so é vista para "apagar incêndios"? Se a psicologia não fosse vista ainda de uma forma tão preconceituosa, como se apenas os "loucos" precisassem de ajuda, boa parte das "dores do mundo" seriam amenizadas. ‎Infelizmente a maioria das pessoas so procuram ajuda psicológica quando estão no limite de sua angústia, de sua insegurança, quando uma síndrome do pânico ou uma grave depressão ja está instalada. 

Precisamos nos conhecer melhor, com nossos defeitos e qualidades, potencialidades e limitações. Desta forma a possibilidade de cometermos atitudes impensadas é muito menor. Tive um professor e grande amigo, que uma vez me relatou. "Eu estava com tanta raiva dela que não a matei, por que eu sabia que a raiva era suficiente para cometer este crime e por isso minha consciência não permitiu que eu tomasse tal atitude." É por aí precisamos conhecer nossas capacidades para o bem e para o mal, e, desta forma tentar melhorar e/ou aprender a lidar com nossas dificuldades. 

Por agora é isso, tenham um bom carnaval, e com juízo, hein!!!!!

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Whitney Houston, mais uma celebridade que se vai por causa das drogas!!


Pois é galera, mais uma diva da música que se vai por causa das drogas!

Whitney Houston era realmente divina! Sua voz era maravilhosa. No início de sua carreira era uma mulher linda e talentosa, não só como cantora mas também como atriz, ou seja, uma artista perfeita. O auge de sua carreira se deu entra os anos 80 e 90. Foi ganhadora de 6 grammys. Porém, ja estávamos cansados de ver na mídia sua transformação, de antes e depois das drogas. Ela mesma ja havia admitido em uma entrevista o uso de cocaína e outras substâncias. No ano passado (2011) esteve internada para um tratamento contra o consumo de álcool e outras drogas.


A cantora e atriz foi encontrada morta por um membro de sua equipe na banheira de uma suíte do hotel Beverly Hills, na noite deste sábado dia 11 de fevereiro de 2012 aos 48 anos.

Nossa, o plano espiritual está repleto de celebridades. Infelizmente, muitos destes famosos desencarnaram por causa de drogas, tanto lícitas como ilícitas. Alguns famosos bem conhecidos são, Elvis Presley, Janis Joplin, Jimi Hendrix, Keith Moon, Elis regina, Raul Seixas, Jim Morrison, Amy Winehouse, Michael Jackson, ufa. Bom, estes foram os que  primeiro vieram à cabeça. 

Lidar com o sucesso e com muito dinheiro é mais difícil do que nós pensamos. E o mais importante é que as drogas, sejam elas lícitas ou ilícitas causam dependência! Isso é fato ja conhecido, e infelizmente a dependência química é uma doença que não tem cura, a pessoa pode levar uma vida normal, desde que nunca mais faça o uso da(s) substância(s) no(s) qual(is) é dependente. Parece fácil, mas não é. Lidar pelo resto da vida sem poder fazer o uso de algo que seu organismo deseja e necessita é muito complicado. Tratamento psicológico, e mudanças de comportamentos são imprescindíveis!

Então galera, vamos pensar antes de "querer ver qual é". Exemplos é o que não nos faltam.
Vamos ficar com a lembrança dos bons tempos desta diva, que descanse em paz!




sábado, 11 de fevereiro de 2012

Limites, qual a diferença entre educar e ser autoritário?

Dar limites! Nós mães, e no meu caso mãe e psicóloga, sempre ouvimos esta frase em relação aos nossos filhos, né? Porém esta tarefa é fundamental para o crescimento humano e também de extrema subjetividade, pois o que para uns é limite para outro pode ser óbvio e fazer parte do seu cotidiano. Por exemplo. Ouvir música alta. Caramba, existem fones de ouvido para isso, o que é obviamente feito por uns é sempre transgredido por outros. E o que faz umas pessoas terem mais facilidades em aceitar limites e regras e outras não?

Bom, para falarmos do início de nossa vida, ja começamos a  nossa trajetória tendo que ter limites. Aquele bebê que faz um "ai" e ja é colocado no colo e no seio, poderá ter dificuldades em lidar com frustrações. As vezes o simples fato da mãe aparecer e fazer um carinho, ja pode ser suficiente para satisfazer aquele momento. Com o tempo é importante que o bebê perceba que a mãe não é parte dele, ela também tem uma vida própria. E não estar 100% disponível em 100% do tempo desta mãe é uma forma de ir ensinando à este bebê que ele é um e que sua mãe é outra pessoa, e que em alguns momentos ele precisa esperar que sua mãe possa pega-lo. Um outro exemplo bem típico, é o primeiro dia de aula da criança. Muitas crianças têm grandes dificuldades em fazer esta separação, e ela deve ser feita gradualmente, mas não se pode ceder sempre ao choro da criança. A criança que tem maior dificuldade em sentir-se segura precisa de mais tempo para se adaptar à esta nova realidade, mas chega a um momento que o choro da criança não deve vencer. Aí o limite deve ser dado, e os educadores, na sua maioria, estão bem preparados para saber a hora disto acontecer. Me recordo que minha primeira filha quando foi para a escola no seu primeiro dia de aula chegou no portão, largou minha mão, me deu tchau e foi embora sem nem olhar para trás, eu é que fiquei com uma cara de idiota esperando pelo choro dela, que não aconteceu. Durante os outros dias desta primeira semana, houveram momentos de insegurança da parte dela sim, porém so precisei ficar na escola durante uma hora em apenas um dia. É logico que as crianças são diferentes, com meu caçulinha ja foi um pouco mais difícil, precisei ficar durante uns 3 dias entrando na sala de aula com ele e permanecendo la durante uma hora mais ou menos. Mas o principal é NÃO CEDER! Necessitamos ouvir "não" desde cedo, para aprendermos a lidar com nossas frustrações, com nossos fracassos, para saber que não podemos ter tudo que queremos, pois infelizmente ouvimos "não" na fase adulta constantemente. Aquela criança que não sabe ouvir um não, será um adolescente que provavelmente não saberá seguir regras e respeitar o LIMITE do outro. Estamos vendo constantemente jovens agressores, que não têm um minimo de respeito ao próximo, nem mesmo dentro de sua própria casa, com sua própria família.

Agora como distinguir dar limites de proibir e ser autoritário? Ufa é difícil, pois como falei, o que para um e mais fácil, para o outro é mais difícil, é muito subjetivo e pessoal. Porém, o diálogo é fundamental, é preciso que seja explicado sim para a criança ou adolescente, por que o limite está sendo dado. É importante que possam ser dados inclusive, outras opções a serem escolhidas no lugar daquele desejo que não pode ser conquistado naquele momento. Dar limites não é proibir, é ensinar que existem regras que devem ser respeitadas e que também existem deveres que devem ser cumpridos

Uma outra forma primordial para se dar limites é em relação aos exemplos que são dados pelos pais e responsáveis. É importante que bons valores sejam passados para os filhos, um excelente exemplo é sobre jogar lixo na rua, tão simples e tão desrespeitados pelas pessoas, infelizmente. Isto é uma grande falta de respeito pelo próximo, que não tem que caminhar pela sujeira que o outro fez. Com certeza é muito mais fácil para pessoas que receberam limites passar esta noção de respeito ao próximo, porém mesmo quem não teve a oportunidade de ter uma boa educação em relação a limites, pode sim ter uma reflexão de si mesmo e aprender e ensinar limites aos seus filhos, nunca é tarde para amadurecer.
É logico que não é fácil dar e receber limites. Porém, é necessário e fundamental para o crescimento emocional do ser humano.

Bom, por enquanto é isso, bjks.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Inclusão - Primeiro excluímos pra depois tentarmos incluir? Como assim?

Bom, depois que fiz o texto sobre bullying, fiquei com o tema da inclusão na cabeça, pois, quando se pensa em bullying, se pensa em diferenças, e infelizmente em exclusão. Então vamos lá.

Inclusão, seja ela social, digital, racial, sexual, intelectual, cultural, está em moda na atualidade, pois para sermos politicamente corretos temos que incluir todos os diferentes, porém, será que desta forma, ja estaríamos excluindo? Pois estaríamos discriminando e dividindo as pessoas em subgrupos. Infelizmente este tema da inclusão é extremamente complexo, pois assim como a diversidade aumenta, a intolerância cresce paralelamente. 

Li esta semana um texto que o humorista Danilo Gentili fez, se defendendo de uma denúncia feita por uma ong que trabalha em defesa dos direitos afrodescendentes, por causa de uma piada que ele teria feito. Acredito que o humor hoje necessite de mais bom senso, não de censura. Ja fiquei indignada com algumas piadas, não por ela ser feita de negro, de gay, ou de português, mas por ela ter ultrapassado a tênue linha do respeito e bom senso. Depois vale a pena ler o texto todo, por que é extremamente inteligente e interessante, o link é https://www.facebook.com/photo.php?fbid=2283233578805&set=a.1976778797627.77688.1787834399&type=3. Mas enfim, o humorista defende que ele é 100% da raça Humana, não interessa, se ele é alto, magro, gordo, gay ou negro.  O que me traz a este exemplo, é o fato de nós estarmos sempre nos subdividindo. Se precisa existir inclusão é por que existe a exclusão, se ela existe é por que existem as diferenças, se elas existem a discriminação e a subdivisão de grupos também existe, e infelizmente a ignorância por alguns temas e a total intolerância também caminham juntos. Graças a Deus somos diferentes! Muitas vezes a ignorância das pessoas por um determinado tema, é que causa discriminação e exclusão. Tenho um exemplo pratico em minha vida, pois tenho um filho especial, e é muito comum as pessoas o perceberem na rua, pois ele é sim diferente das outras crianças da sua idade. Isto não me incomoda, então eu explico sobre sua doença genética, que é a Sindrome de Angelman, e pronto, a partir daí, se mesmo com a "explicação" da sua condição, ele continuar sendo motivo de observação, e principalmente de rejeição, aí sim ele está sendo excluído por conta de suas diferenças, e, infelizmente se faz necessário uma bandeira de inclusão. Não deveríamos levantar esta bandeira por causa das diferença de raças, de preferências sexuais, de culturas, de condições sócio-econômicas, físicas e intelectuais, pois estas diferenças são riquíssimas! A falta de conhecimento e de aceitação destas diferenças é que é o problema. 

Uma vez escutei em um programa de televisão, uma moça inteligente, universitária dizendo que para a sociedade aceitar as pessoas com deficiência era necessário que houvesse uma preparação, uma explicação para a sociedade conhecer e aceitar estas pessoas. A entrevistada que era uma moça muito bonita paraplégica, disse que não, que esta preparação e este conhecimento acontece naturalmente com o contato com o outro. Concordo totalmente, é importante que as pessoas com condições diferentes umas das outras se aceitem e não se discriminem, pois infelizmente o preconceito começa dentro de si mesmo, por uma dificuldade de aceitação. Lembrando daquele slogan muito legal criado pelo Instituto  Meta Social sobre síndrome de down "SER DIFERENTE É NORMAL"

Lembrem, temos cores diferentes, preferências diferentes, culturas diferentes, estilos e corpos diferentes, inteligências diferentes, comportamentos diferentes, etc... mas acima de tudo, somos SERES HUMANOS! É preciso conscientizar a sociedade, começando pelas nossas crianças e jovens a importância de conhecer-se com qualidades e defeitos como todo mundo, aceitar-se com as diferenças uns dos outros para formar uma auto estima positiva. É fundamental que as pessoas possam desenvolver seu senso crítico, para que consigam tomar decisões saudáveis em suas vidas, e para isto o conhecimento e a aceitação das diferenças é imprescindível! 

Por enquanto é isso, bjks em todos!


sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Bullying - Um fantasma que ainda aterroriza muita gente



Pois é, como estamos chegando ao início das aulas, acho importante podermos falar de um assunto ainda pouco discutido, o bullying. Esta é uma palavra que não tem uma tradução, o termo bullying tem origem na palavra inglesa bully, que significa valentão, brigão. Mesmo sem uma denominação em português, é entendido como ameaça, tirania, opressão, intimidação, humilhação e maltrato. Podemos classificar o bullying como AGRESSÕES INTENCIONAIS, VERBAIS OU FÍSICAS, FEITAS DE MANEIRA REPETITIVA, EM RELAÇÕES DE DESIGUALDADE. Esta definição é muito importante não apenas para classificarmos o bullying, como para deixar claro que muitas agressões feitas pelos nossos jovens e crianças NÃO SÃO BULLYING, são brincadeiras de mau gosto e muitas vezes com desfechos terríveis, que devem ser punidas sim, mas não jogar tudo no mesmo caldeirão do bullying. O bullying é uma agressão que so ocorre com algumas situações bem definidas, como a repetição das agressõesa presença de platéia, ou seja não tem graça pertubar e/ou agredir a "vítima" se não houver pessoas para assistir tal absurdo e o fato do bullying so existir, enquanto o agredido permanece nesta posição de inferioridade. Por isso que eu como psicóloga tenho tantas preocupações com este tema. Tanto o agredido como o agressor são pessoas bastante fragilizadas psicologicamente. O agredido se sente inferior e não consegue perceber suas próprias qualidades e a força para sair desta posição de medo esta guardada em algum lugar psíquico; a forma como esta energia pode ser colocada para fora é bastante preocupante. Temos visto alguns casos de pessoas que foram vitimizadas pelo bullying terem atitudes extremamente violentas e muitas vezes fatais. Quanto ao agressor, muitas vezes são crianças ou adolescentes com grande nível de rejeição e com isso, com muita necessidade de auto afirmação e aceitação. Por isso que a platéia é fundamental para a pratica do bullying.

Vou tentar destacar algumas características básicas tanto do autor do bullying como da vítima.
Autor do bullying:
* Normalmente são pessoas com baixa auto estima, que precisam se auto afirmar e obter uma boa imagem de si mesmo, por isso que é tão importante e necessário a platéia para a pratica do bullying; pessoas que não sabem resolver seus problemas de forma pacífica, que não aprenderam transformar suas raivas, medos e frustrações em diálogo, em palavras.

Vítima do Bullying:
* Normalmente são crianças ou adolescentes com baixa autoestima e retraídas tanto na escola quanto no ambiente familiar, costumam apresentar particularidades físicas, como o uso de óculos de gráu, aparelho dentário, pessoas com disfunções alimentares, etc. ou podem abordar aspectos culturais, étnicos e religiosos.

Esta forma de agressão pode ocorrer em qualquer contexto social, como escolas, universidades, famílias, vizinhança e locais de trabalho.

Como ja disse, é importante que fique claro que bullying não é apenas brincadeira de mau gosto, e precisa ser delatado. O medo de ser a próxima vítima faz com que as pessoas se calem, mas temos que entender que estar nesta posição de espectador também é uma forma de agredir e de ser agredido, por isso é necessário que este tipo de "crime" precise acabar. DIGAM NÃO AO BULLYING.




"ACEITAR AS DIFERENÇAS, RESPEITAR O PRÓXIMO E CONHECER OS DIREITOS E DEVERES DAS PESSOAS, É UMA ÓTIMA MANEIRA DE AJUDAR A CRIANÇA E/OU ADOLESCENTE QUE É VÍTIMA DE BULLYING A ELEVAR SUA AUTO ESTIMA, E DO AGRESSOR A TER MAIS CONFIANÇA EM SI MESMO E CONSEQUENTEMENTE A TER MENOS NECESSIDADE DE SE AUTO AFIRMAR "



É isso galerinha, mais um ano começa e lembrem de não deixar para correr atrás do prejuízo no fim do ano. estudem agora no início do ano que tem pouca matéria para não precisar ficar enlouquecido no final do ano na época de férias, sol e verão. Bjks.

Adolescência AHHH !!!



A palavra “adolescência” tem uma dupla origem etimológica e caracteriza muito bem as peculiaridades desta etapa da vida. Ela vem do latim adolescer – ad (a, para) e olescer(crescer), significando a condição do indivíduo apto a crescer. Adolescer deriva da palavra adoecer, enfermar. Temos assim, nessa dupla origem etimológica, um elemento para pensar esta etapa da vida: aptidão para crescer (não apenas no sentido físico, mas também psíquico) e para adoecer (em termos de sofrimento emocional, com as transformações biológicas e mentais que operam nesta faixa da vida).
É muito comum as alterações de humor no adolescente. De manhã ele está bem humorado, a tarde ele está mais depressivo e reservado e a noite se torna extremamente impaciente e agressivo. Haja paciência dos pais lidarem com seus filhos nesta fase da vida! Sempre coloco que a melhor forma de amenizar estes sofrimentos é a lembrança da própria adolescência dos pais. Todos nós já passamos por esta etapa da vida e lembrar tanto das belezas da fase quanto do sofrimento que sentimos naturalmente na adolescência é confortante e nos dá mais material para tentarmos errar menos e acertar mais nas nossas atitudes.
A natureza do adolescente é imediatista, ele não se importa com o que poderá ocorrer daqui a alguns anos, no máximo o ano que está vivendo, não mais que isso. Com isso, torna-se pouco eficaz por exemplo, trabalhar com os jovens a prevenção das drogas apenas através das informações dos efeitos possíveis no organismo. Eles não estão interessados que o cigarro pode causar câncer à longo prazo, por exemplo, ou que o uso constante de álcool pode causar cirrose hepática. Estamos em um momento do século onde tudo é descartado, ultrapassado. A maioria dos nossos jovens está sem rumo, sem limites, sem educação em todos os sentidos. A falta de tempo, a pouca qualidade de vida e a distorção total de valores são companheiros inseparáveis da modernidade.
No adolescente, nada é estável nem definitivo, justamente por que ele se encontra numa época de transição, de reformulação de valores. Tanto o espaço para crescer quanto o limite deste espaço é indispensável na educação dos jovens, e encontrar a mediação disto é bastante difícil, até por que entra em ação a personalidade de cada um. Têm alguns que são mais ousados e naturalmente mais difíceis de ter limites, assim como tem aquelas pessoas mais retraídas que necessitam de mais espaço para se conhecer e se colocar no mundo.
Uma dica aos pais é que nesta fase uma outra grande influência são os ídolos, naturalmente são modelos que serão seguidos. É muito importante que os pais estejam atentos aos ídolos dos seus filhos. É muito comum um adolescente modificar em um ano vários estilos, desde os mais radicais aos mais românticos, muitas vezes por conta do estilo do ídolo que está em vigência naquele momento.
Enfim, a adolescência é uma maravilhosa e sofrida etapa da vida. É nela que a pessoa descobre a sua identidade e começa a definir a sua personalidade, embora esta busca de si- mesmo pode levar uma vida inteira.

Drogas e Adolescência



Drogas e Adolescência
Bom, pra começar nosso papo sobre drogas, temos que deixar claro algumas questões importantes. Segundo a Organização Mundial da Saúde, “Droga é toda a substância que, introduzida em um organismo vivo, pode modificar uma ou mais de suas funções”. As drogas psicotrópicas são substâncias químicas, naturais ou sintéticas, que podem causar danos físicos e psicológicos a pessoa que a consome. Porém o fato é que estas substâncias proporcionam a pessoa uma sensação inicial de bem estar. e a busca pelo bem estar é inato do ser humano. Todos nós temos o interesse pela busca de uma satisfação física e emocional. Alguém ja viu uma pessoa ser dependente de antibióticos? Não, pois esta substância (o antibiótico) não traz sensação inicial de bem estar e as drogas psicotrópicas trazem esta sensação ao indivíduo que a consome. O uso constante de uma determinada droga pode levar a pessoa a mudanças em seu comportamento e à criação de uma dependência, tanto física como psíquica.
 A dependência física é a necessidade do organismo em obter determinada substância para manter-se em equilíbrio; A dependência psíquica é a necessidade psicológica e emocional do indivíduo em obter determinada substância para manter seu comportamento em equilíbrio. Outros termos importantes para serem falados são a tolerância e asíndrome de abstinênciaA tolerância é a necessidade do organismo em consumir uma quantidade cada vez maior de uma determinada substância; A síndrome de abstinênciasão reações desagradáveis do organismo devido a falta da droga. Alguns exemplos destas reações são: Ansiedade e irritabilidade, sudorese, dores epigástricas (na região da barriga), delírios e alucinações, tremores pelo corpo, etc.
Normalmente a busca de substâncias tóxicas são conseqüências de dificuldades nas relações pessoais, familiares, profissionais e/ou sociais do indivíduo. Acredito que existe sim uma predisposição estrutural que leva o indivíduo a uma tendência à adicção (dependência química), porém o psicodinamismo particular de cada um que determinará o uso ou não de certa substância. Este psicodinamismo terá influências biológicas (hereditariedade), pessoais (personalidade do indivíduo aliados aos sofrimentos psíquicos e físicos no decorrer de sua vida) e sócio-culturais (influência da sociedade em questão, cultura da região, comportamentos familiares, etc.).
Infelizmente a fase da adolescência se torna um momento propício para a fácil manipulação tanto do grupo que o adolescente pertence quanto da própria mídia dos meios de comunicação. Infelizmente ainda é comum vermos na mídia, como por exemplo em alguns programas de televisão, exaltando o álcool e o tabaco como sinônimos de status e sucesso.
Sabe-se que, atrás da compulsividade que leva à dependência, há um desejo a ser saciado, uma vontade de ser amado, de ser reconhecido, uma dor a ser esquecida, enfim, uma maneira de desligar-se da realidade indesejável. O desejo pode ser conquistado, a dor pode ser transformada, devemos aprender que precisamos primeiro nos amar com nossos defeitos e qualidades para que possamos amar ao outro do jeito que ele é, tbm com qualidades e defeitos. Não adianta fugirmos da realidade, pois ela é a nossa vida e temos que enfrentá-la e tentar achar maneiras de deixarmos ela mais leve, mais bonita. Não podemos ter vergonha do que somos e nem do que desejamos, temos apenas que ter possibilidades saudáveis e criativas para enfrentarmos nossos problemas. É importante por isso, que nós pais e/ou responsáveis possamos propiciar aos nossos jovens, ou melhor, a toda sociedade estas possibilidades de superarmos situações traumáticas da vida, seja através da arte, do esporte, da cultura, etc. Ainda acredito que o diálogo franco e aberto é o nosso melhor aliado. Andreia Curi – psicóloga.